O búlgaro permaneceu em Barcelona por alguns dias e depois viajou para Sofia, na Bulgária, onde permaneceu com sua família até o dia 21 de janeiro de 2023. Naquela data, ele, a mulher e o filho partiram para a Turquia, posteriormente para o Paraguai e, por fim, para o Brasil. Ao chegar no País, Vasil teria decidido, segundo sua defesa, permanecer como residente em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.
À época, Vasil era sócio de uma empresa de transportes na cidade de Barcelona. Casado, o búlgaro têm dois filhos, um deles com autismo.
Atendendo a um pedido da Justiça da Espanha do dia 6 de novembro de 2024, o STF expediu um pedido de prisão contra Vasil no dia 28 de novembro de 2024. O mandado foi cumprido cerca de três meses depois, em 18 de fevereiro de 2025.
A defesa do búlgaro argumenta que não há provas concretas de entrega das malas com drogas por Vasil a Dominguez. “As imagens de câmeras de segurança apenas mostram Vasil ingressando no condomínio com malas, sem qualquer evidência de que fossem as mesmas encontradas com Francisco”, diz a defesa.
Segundo o advogado Rodrigo Santana, há “falta de correlação direta entre Vasil e os entorpecentes apreendidos. Não há filmagens ou testemunhas que confirmem a suposta entrega das malas contendo droga. E há inconsistências na diligência de busca e apreensão: a polícia espanhola teria invadido o apartamento de Vasil sem prévia identificação precisa do imóvel, o que comprometeria a legalidade da prova coletada”.
Em audiência de custódia, após a prisão determinada pelo Supremo, Vasil afirmou que trabalhava com transporte e com serviços de internet Bulgária e ganhava cerca de 5 mil euros.