Até o momento, o Planalto não se manifestou oficialmente sobre o desligamento ou quem sucederá Doyle. “O ministro Paulo Pimenta me manifestou hoje seu descontentamento por eu ter repostado, no X , postagem de terceiro acerca do conflito no Oriente Médio. Disse-me que a referida repostagem e sua repercussão na imprensa criaram constrangimentos ao governo, que mantém posição de neutralidade no conflito, em busca da paz e da proteção aos cidadãos brasileiros. Diante disso, pedi desculpas e comuniquei que deixo a presidência da EBC, agradecendo ao ministro Pimenta e ao presidente Lula pela confiança em mim depositada por todos esses meses”, escreveu Doyle.
O retuíte que causou sua queda não foi a única com teor anti-Israel. Na terça-feira, 17, o agora ex-presidente da EBC escreveu: “Para validar a mentira de Israel, tem emissora pró-EUA contando o que é a Jihad Islâmica. E frisando sua aliança com o Irã… chamam de ‘guerra de versões'”. A postura de Doyle contrasta, por exemplo, com o tom adotado pelo chanceler Mauro Vieira, chefe do Ministério das Relações Exteriores. “Nossa preocupação não foi em tomar uma posição política, porque inclusive o Brasil se dá bem com os dois lados, com Israel e Palestina. E graças a isso, inclusive, conseguimos ter diálogo com os dois lados, diálogo muito fluente, muito fluido, para conseguir retirar os brasileiros”, disse o ministro.