Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ingressou na tarde desta terça-feira (22) com ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo a invalidação dos votos de 279.366 urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno das eleições. Como base, a legenda usa laudo técnico de auditoria realizada pelo Instituto Voto Legal, contratada especificamente para isso. 

De acordo com Costa Neto, o parecer aponta fragilidade e usa a ausência de código identificador em um dos arquivos gerado pelas urnas de modelos anteriores a 2020 para pedir a invalidação das mesmas.

O instituto alega, então, que sem código, não seria possível vincular o arquivo gerado pela urna (o log da urna) à sua urna física correspondente.

Para explicar o processo, o presidente da sigla concedeu coletiva de imprensa. Logo após o PL protocolar o pedido, o ministro presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou por meio de despacho que os autores aditem o documento incluindo ambos os turnos da eleição, levando em consideração que as urnas questionadas foram usadas nos dois turnos.

"As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas", decidiu.

A anulação dos votos contabilizados nas urnas questionadas seria suficiente ara mudar o resultado do pleito e fazer com que o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), siga para segundo mandato com 51,05% da preferência dos eleitores.