Wendel foi contratado na gestão de Roberto Dinamite, disputou 72 jogos e marcou dois gols. Quando deixou o Vasco, entrou na Justiça alegando salários atrasados. Em 2015, o clube foi condenado a pagar R$ 1,5 milhão ao jogador - a liquidação confirmada nesta terça tem valor superior a quase dez vezes.
- O Vasco devia, na época, quatro meses de salários, e o jogador foi deixado treinando em separado. Não concordamos, tentamos algum acordo e não houve interesse da direção. Então, procuramos a Justiça pedindo a rescisão indireta de contrato. Conseguimos, e o Wendel foi defender o Sport - explicou o advogado Marcus Vinicius Miranda Fernandes, representante do ex-jogador, ao ge.
As duas partes recorreram, e o caso chegou a ser apreciado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. No caso de Wendel, por exemplo, houve contestação: foi pedido o valor de salário dos meses que faltavam para o contrato ser encerrado assim como FGTS, 13º, férias, luvas e premiações.
- Tudo o que pedimos foi confirmado nas instâncias superiores. Como nunca houve acordo, mesmo a gente estando aberto, o valor subiu por conta de juros e correção monetária - acrescentou advogado Marcus Vinicius Miranda Fernandes.
Não cabe recurso. O valor será pago via Ato Trabalhista.
Nesta segunda-feira, o Vasco conseguiu um efeito suspensivo relativo à dívida de R$ 8 milhões com o Ato Trabalhista referente aos meses de abril, maio, junho e julho do ano passado, quando a cobrança foi suspensa por conta da pandemia. Sendo assim, o clube, por ora, seguirá pagamento normalmente o valor mensal de R$ 2 milhões ao Ato Trabalhista.