Nesta sexta-feira (27) duas servidoras sofreram ferimentos em um acidente causado pela queda de um ventilador de teto no Centro Regional de Saúde (CRS) do bairro Coophavila.
A situação aconteceu na sala de triagem enquanto um paciente, que não foi atingido, passava por procedimento.
As servidoras foram colocadas em observação, pois uma sofreu um corte no pescoço. E outra sofreu um trauma no joelho.
O Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem (Sinte/PMCG) e sua assessoria jurídica, prestada pelo advogado Márcio Almeida, estiveram presentes no local para levantar as provas necessárias para a documentação para reconhecimento de acidente de trabalho e também para buscar uma indenização.
Conforme o advogado, será averiguada a "negilência do Município, que não realizou a manutenção necessária para promover boas condições de trabalho".
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) lamentou o ocorrido e reitera que está prestando toda a assistência devida às servidoras.
Sobre a estrutura física da unidade de saúde, a Secretaria afirma que a reforma está prevista dentro do planejamento da Sesau para os próximos dois anos.
O Correio do Estado esteve no local e confirmou as más condições, com infiltrações nos tetos e paredes, portas em degradação, vidro quebrado e até a falta de fachada. Em conversa com pacientes no local, foi relatada a demora por atendimentos médicos. "Cheguei ao meio dia para ter atendimento, já são mais de 3 da tarde. Você pode ir perguntar, e ninguém saber informar nada", disse.
Uma servidora que não quis se identificar também confirmou a precariedade da unidade de saúde e afirma que o quadro de profissionais está reduzido a meses.
"A estrutura aqui é toda antiga, a sala da triagem é muito quente, a pessoa ir trabalhar e sair com um corte no pescoço é inaceitável. É para ter 6 enfermeiros durante o dia e só há 4 por muitos meses. Não tem oxímetro, que é algo básico para triar os pacientes", afirma.
A Sesau afirmou que, "A escala da unidade está completa, o que pode ocorrer, de fato, são algumas faltas pontuais, mas que são respostas de acordo com a disponibilidade de profissionais plantonistas, não havendo, portanto um déficit no quadro".
Parte do teto e parede da unidade de saúde do Cophavilla/Foto: Gerson Oliveira