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Cotidiano

Com 99% de lotação, restam apenas três UTIs de Covid-19 para todo o MS

Mato Grosso do Sul registrou nesta quinta-feira (10) mais um recorde, são 780 pacientes de Covid-19 internados em leitos

Publicada em 11/03/21 às 18:32h

Midiamax


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Com 99% de lotação, restam apenas três UTIs de Covid-19 para todo o MS
Algumas cidades de MS já não possuem vagas para novas internações.  (Foto: )

Sem dúvidas  enfrenta o cenário mais crítico desde o início da pandemia. Nesta quinta-feira (11), o Estado bateu mais uma vez o recorde de internados por . Assim, nesta tarde, o sistema de Saúde de MS possui apenas três vagas de s (Unidades de Terapia Intensiva) para atender os 79 municípios. Isto porque o índice de lotação destes leitos é de 99,27%, até às 14h30.

Os dados são disponibilizados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio do Painel Mais Saúde. Então, das 412 s para Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e , 409 estão sendo utilizadas. Além disto, os leitos clínicos marcam lotação de 55,64%, sendo 612 ocupados dos 1.110 disponíveis.

No total são 1.021 pacientes de Srag e  internados em leitos de MS. Diante disto, se sobrepormos os dados da SES de 780 pessoas hospitalizadas em leitos, 76% destas internações são causadas por coronavírus.

Portanto, com a superlotação geral em MS, cidades do interior sofrem com a superlotação dos hospitais. Em Sidrolândia o sistema aponta 200% de ocupação nas s para  e Srag. Ou seja, a cidade trata 10 pacientes, o dobro da capacidade que as instalações comportam.

Em Campo Grande a ocupação destes leitos é de 104,91% na tarde desta quinta-feira (11). O hospital de referência do tratamento da  em MS marcou superlotação de 112,05% dos leitos de . Segundo o painel, são 83 vagas para estas doenças, sendo que o hospital estaria atendendo 93 pacientes infectados.

Dimensão da lotação dos leitos em MS

Assim, como já noticiado, existem 780 pacientes internados em todo o MS por causa do coronavírus. Para conseguir estimar a quantidade de pacientes internados com , imagine que todos estão em um ônibus do transporte coletivo. Um ônibus padrão no Brasil tem capacidade para 80 passageiros, sentados e em pé, incluindo área reservada para acomodação de cadeira de rodas ou cão-guia.

Então, se as 780 pessoas fossem acomodadas no transporte coletivo, conseguiríamos lotar 10 ônibus por completo. O número assusta e representa a crise na saúde pública causada pelo coronavírus.

Com a rápida disseminação do vírus, cada vez mais casos de  são confirmados no Estado. Por consequência, mais pessoas precisam de assistência do sistema de Saúde devido ao agravamento do quadro. Assim, em um mês, as internações por coronavírus subiram 66% em MS.

Então, em 10 de fevereiro deste ano haviam 452 pacientes internados nas instalações do Estado. Com rápido avanço da doença, o Estado atingiu neste 10 de março, 754 pessoas sendo tradadas nos leitos. Por fim, nesta quinta-feira (11), MS registrou 780 pacientes internados, mais número já registrado no histórico da pandemia.

Se cuide

Diante de todos os dados abordados na reportagem é fácil perceber que o Estado vive um momento crítico. Assim, é preciso ‘apertar os cintos’ para evitar que a doença se espalhe cada vez mais. Mais do que nunca é preciso ficar em casa sempre que possível, destacam os especialistas.

O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da  (Universidade Federal de ) Julio Croda explica que as pessoas devem sair de casa apenas quando necessário. Ou seja, evite tudo que não for de extrema necessidade.

Ele ressalta que na  a recomendação é de não se reunir com pessoas que vivem em casas diferentes, o que serve como uma sugestão também para MS. Então, o momento que passamos é de ficar em casa para evitar o colapso da Saúde. Mesmo as visitas de familiares e almoços em família podem ser evitados, um esforço para frear a pandemia de coronavírus em MS.

Já para quem precisa sair para trabalhar, os infectologistas pedem para que o uso da máscara seja rotina. “Quanto maior a qualidade da máscara, melhor. A PFF2 seria ideal, é de melhor qualidade. Se não for possível, existe uma tendência de usar duas máscaras, uma cirúrgica na primeira camada e na segunda uma máscara de pano. Assim, permite fechar melhor, fazer a vedação boca e nariz”, orienta Julio.

O infectologista da Fiocruz diz que o uso da máscara de pano ou cirúrgica é importante, mesmo que sozinhas, já que o fator crucial é utilizá-las corretamente. “Mais importante do que o material é a utilização correta das máscaras”. Por fim, é válido lembrar que as principais medidas para evitar a  fora de casa são: usar a máscara corretamente, fazer a higiene das mãos e manter a distância sempre que possível.




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